quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Português se torna o vilão dos concursos públicos


Os erros gramaticais e de interpretação são responsáveis pela maioria das reprovações em concursos públicos. Parece bobagem, mas a fragilidade do conhecimento formal da língua portuguesa está prejudicando milhares de concurseiros. Na era da informação e da internet, saber se comunicar não é suficiente para vencer uma prova de português em um concurso público.
“A internet bagunçou totalmente! Não se observa mais a concordância verbal. Em uma frase, a pessoa é tratada como ‘tu’, mas o verbo é conjugado como se fosse ‘você’. Eu costumo dizer que o concurso não pode ser uma prova ‘auditiva’, o candidato não pode ‘ir pelo ouvido’, porque o mundo virtual destruiu a língua portuguesa!”
A avaliação é de uma apaixonada pela língua: a professora Beatriz Margarida Backes, a Bia, que trabalha há muitos anos na área de concursos. Somente no Curso Vigor, do qual é diretora, são 35 anos de atuação, em Porto Alegre. Ela também trabalhou em duas bancas examinadoras – a Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (FAURGS) e a Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH) -, quando esteve do “outro lado” da história, na produção das provas.
Beatriz tem autoridade para falar do assunto, especialmente depois que os concursos públicos passam a dar ainda mais importância para a prova de português. Um exemplo é a seleção para o cargo de técnico judiciário do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, ocorrida em setembro. A avaliação teve 70 questões objetivas, sendo 26 de português. A responsabilidade do candidato aumentou, já que as questões sobre a disciplina representaram 37% do total dos pontos e tem caráter eliminatório e classificatório. O aumento do peso da língua portuguesa nos concursos é uma tendência, conforme explica a professora: “atualmente muitos concursos tem colocado português como classificatório e eliminatório. Mas a importância dele vai muito além: se o concurso prevê questões de raciocínio lógico, é preciso ter um bom português para entender os enunciados. Na própria legislação, uma colocação pronominal ou uma vírgula deslocada podem mudar tudo”.
O professor Andresan Machado, que dá aulas no curso CETEC e trabalha na preparação para concursos públicos há dez anos, reforça a necessidade de o candidato atentar ao idioma: “o nível das provas está cada vez mais elevado. Dependendo da banca, o candidato precisa acertar de 80% a 90% das questões para estar entre os primeiros a serem nomeados. O mínimo não vale mais”, comenta.
O estudante Alexandre Kickhöfel, 38 anos, se prepara há um ano e meio para concursos públicos e reconhece a importância da disciplina: “português exige dedicação", diz o concurseiro. Já para a tecnóloga em fruticultura Bibiana Galarza, 24 anos, o português é a disciplina mais difícil. “A matemática é exata; no português, é preciso prestar atenção ao contexto”, diz. A estudante lembra que as provas exigem concentração do candidato, que deve analisar as palavras destacadas pela banca examinadora dentro do texto – “elas podem assumir diferentes funções, dependendo do contexto em que forem empregadas”. Para vencer as dificuldades com a disciplina, Bibiana relata que, além de frequentar aulas presenciais, procura outras abordagens assistindo vídeo aulas na internet.
De acordo com levantamento realizado nos dados do banco de questões e simulados online da empresa Rota dos Concursos, com mais de 500.000 questões, interpretação de texto e a morfologia são os tópicos mais exigidos pelas bancas examinadoras. Nas provas do Centro de Seleção e Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB), 45,8% dos tópicos exigem interpretação dos textos, já nas avaliações da Escola da Administração Fazendária (Esaf), este assunto representa 28,3% dos itens.
Para garantir a vaga no serviço público, o professor Andresan Machado recomenda que o candidato faça um curso específico da matéria, além de realizar muitos exercícios. O professor relata a procura crescente pelos cursos de resolução de questões, que são uma boa oportunidade para que o aluno exercite o conhecimento e também se familiarize com a linguagem das organizadoras, garantindo a compreensão dos enunciados das questões: “percebemos que muitas vezes o aluno sabe a matéria, mas não entende o enunciado”, alerta.
A professora Beatriz concorda: “conhecer o mecanismo da banca é importantíssimo. O candidato que se habilitar a fazer uma prova e não fizer muito exercício pode ser comparado a alguém que pensa em correr, mas fica só na teoria, no pensamento”, completa. A professora destaca ainda que a postura correta do candidato é o preparo a longo prazo. “Hoje um módulo de seis meses em português, com aulas uma vez por semana, pode chegar a sete, oito meses, dependendo da necessidade do grupo. A resposta é muito positiva. No mínimo, os alunos levam uma nova noção da importância do português”, diz.
A professora reforça que o concurseiro não deve ter pressa e dá a sua dica para aqueles que almejam uma vaga no serviço público: “concurseiro tem que ter escolha, firmeza, persistência e humildade. Esse é o caminho para chegar lá!”
Por: Por Helio Silva/Paulo Milet | Rota dos Concursos/Eschola – 21/11/2012 17:11:00
In:http://br.educacao.yahoo.net/conteudo.aspxtitulo=Portugu%C3%AAs+se+torna+o+vil%C3%A3o+dos+concursos+p%C3%BAblicos

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Crônica Cascudiana

Mais uma para vocês, alunos dos 3º anos!

A imagem abaixo é da crônica "Taça florida", de Câmara Cascudo, que está no livro "Crônicas de origem". 

Leiam o texto e preparem-se, pois ele estará em nosso teste de Literatura.

Conheçam a Natal de ontem pata entender a Natal de hoje.

Boa leitura e bons estudos!

Xerim,

Fefy Medeiros.


Contos para leitura - 3º anos


Alunos dos terceiros anos,

Nos links abaixo estão os contos que vocês deverão ler para a realização do teste de Literatura. 

Boa leitura!

Xerim,

Fefy Medeiros.



terça-feira, 6 de novembro de 2012

MEC divulga gabarito oficial do Enem 2012


O gabarito oficial do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2012 está disponível no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). As provas foram realizadas no último final de semana, dias 3 e 4 de novembro. O resultado final do exame será divulgado no dia 28 de dezembro. 


A novidade desta edição do Enem é o acesso dos alunos às redações corrigidas para fins pedagógicos a partir de 15 de fevereiro de 2013, também no site do Inep, entretanto os candidatos não poderão usar o  acesso como base para recursos na comissão organizadora da prova. Este ano, participaram do exame 4,175 milhões de candidatos nos 15.076 locais de provas localizados em 1.615 municípios do país.



As notas dos candidatos do Enem serão utilizadas como critério de seleção do Sistema de Seleção Unificado (Sisu) por universidades públicas para ingresso de novos alunos. Atualmente, 95 instituições de ensino superior no país aceitam a nota como critério para o ingresso de alunos.



O Ministério da Educação (MEC) divulgou ontem (6) mudanças nas regras do sistema. Foram regulamentadas regras para que o Sisu se adeque à Lei de Cotas, que estabelece a reserva de 12,5% das vagas oferecidas em 2013 para estudantes que fizeram todo o ensino médio em escolas públicas. Dentre estes grupos, ainda há o critério conforme a declaração do candidato quanto à sua cor da pele e aos alunos de famílias de baixa renda (menos de 1,5 salário mínimo).


GABARITO? CLIQUE AQUI!

sábado, 3 de novembro de 2012

Mais uma orientação: redação ENEM 2012


Veja como se dar bem na redação do ENEM 2012


A prova de redação do Enem tem uma característica que a difere das demais: o candidato deve propor uma solução para um problema apresentado no tema. O que se espera do estudante é informação e criatividade para criar soluções, além de habilidade para defender seu ponto de vista.

Essa peculiaridade exige uma leitura atenta do noticiário para aguçar o poder de crítica, explica Suzete Trovão, coordenadora de língua portuguesa do Colégio QI.

- Ele precisa ter informação para poder fazer a intervenção pedida. Mas não bastará ter uma proposta, é preciso saber defendê-la com consistência - observa Suzette.

"Não bastará ter uma proposta, é preciso saber defendê-la com consistência, Suzette Trovão (professora)"

Para não cair na armadilha das generalidades, a dica é, no desenvolvimento da redação, saber usar a coletânea de textos apresentada no enunciado, fazendo comparações e observações sobre os fatos ou as estatísticas, por exemplo. Na conclusão, que é o momento de fazer a proposta, dê sugestões concretas. Portanto, se o tema é a importância da leitura, compare hábitos de leitores brasileiros e de outros países, por exemplo, e, na hora de propor, use a criatividade, sugerindo a criação de bibliotecas públicas, intercâmbio de livros, campanhas na mídia de incentivo à leitura via SMS e quantas boas ideias você tiver.

Em relação aos temas, o que se observa é que eles são objetivos e inspirados em fatos da atualidade. São assuntos de abrangência nacional, pois o exame é voltado para candidatos de todo o país. Temas de cunho social são recorrentes também.

Para 2009, as apostas de temas recaíram sobre Lei Seca, a questão da escassez de água, liberdade de imprensa e violência contra a mulher. Todos esses assuntos estiveram em pauta durante o ano e eram mais genéricos, qualquer pessoa teria como se posicionar a respeito. Mas, na proposta de redação oficial, foi pedido que o candidato escrevesse sobre "O indivíduo frente à ética nacional", apresentando uma proposta de ação social, que respeitasse os direitos humanos. Para isso, ele deveria usar como base uma charge de Millôr Fernandes e dois textos (um de Lia Luft e outro de Contardo Calligaris).

Redação no Enem

1) A temática proposta costuma ter um viés social que pode - e deve - ser associada a outras esferas: cultural, política, comportamental, ambiental.

2) Clareza e coerência são fundamentais na construção textual. Lembre-se de que a leitura deve ser "fácil" e fluida, garantindo o bom entendimento do seu texto. Para isso evite a utilização de termos rebuscados e preocupe-se com os conectivos: termos como "portanto", "então", "além disso" e "desse modo", quando bem utilizados garantem a fluidez necessária.

3) A banca do Enem pede que você apresente propostas de intervenção, ou seja, medidas que podem amenizar uma situação-problema. Avalie o papel do governo, da sociedade, do indivíduo e da mídia, por exemplo, na tentativa de reverter panoramas que podem ser melhorados ou amenizados.

4) Na proposta de intervenção é fundamental o respeito aos direitos humanos. Posturas radicais ou extremas não condizem com um cidadão consciente e engajado que já cursou o ensino médio.

5) Faça uso dos conhecimentos adquiridos ao longo da sua formação. Embase seus argumentos com elementos históricos, geográficos, literários, filosóficos, entre outros, demonstrando pleno conhecimento de mundo. Não se esqueça: a interdisciplinaridade é bem vista pela banca, mas sempre acessória. O principal é focar na defesa do seu ponto de vista.

Na hora de escrever

NÃO FAÇA períodos muito longos, prefira sempre frases simples, pois elas dão clareza ao texto
NÃO CRIE estruturas sintáticas incompletas
NÃO USE marcas de oralidade, como gírias, por exemplo
NÃO RECORRA a clichês quando fizer sua proposta
NÃO USE um mesmo argumento repetidas vezes
DEIXE DE LADO expressões como "eu acho"
JAMAIS desrespeite os direitos humanos
FAÇA UM ROTEIRO sobre o tema. Ajuda a ter foco na hora de criar a proposta
PREFIRA um vocabulário simples a palavras rebuscadas
USE sinônimos para não repetir palavras
USE a norma culta. Uma das cinco competências da redação avalia o rigor gramatical
SEJA coerente no texto com a proposta que defenderá