quarta-feira, 21 de maio de 2014

21 de Maio - Dia do Profissional de Letras

"A degeneração de um povo, de uma nação ou raça, começa pelo desvirtuamento da própria língua." 
(Ruy Barbosa)

O profissional de Letras pode desempenhar várias funções dentro da área. Tradução e interpretação de textos, revisão de livros e periódicos, produção de textos, crítica literária e consultoria linguística são algumas opções de atuação, além do magistério.

Parabéns a todos os Profissionais de Letras!




Foto: We are the best. Hehe kkkk parabéns, companheiros. #Letras2



terça-feira, 20 de maio de 2014

O filósofo, educador e professor Mario Sergio Cortella alerta que as famílias estão confundindo escolarização com educação; para ele, pais devem retomar seu papel




Cortella: ‘A escola passou a ser vista como um espaço de salvação’

O filósofo, educador e professor Mario Sergio Cortella alerta que as famílias estão confundindo escolarização com educação; para ele, pais devem retomar seu papel


Bia Reis - O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - As expectativas das famílias em relação às escolas e o que elas oferecem - ou são, de fato, capazes de ofertar - está em descompasso. De um lado, há adultos cada vez menos presentes, seja pelo excesso de trabalho, pelos longos deslocamentos nas megalópoles ou até pela falta de paciência, que esperam que a escola ensine o conteúdo obrigatório e eduque os seus filhos. Do outro, as instituições se desdobram para dar conta de uma infinidade de disciplinas regulares e ainda são cobradas a disciplinar os alunos e abordar temas considerados pertinentes. Tudo em quatro horas diárias.
Nunca tivemos tanta agressividade dos alunos contra docentes’, afirma Cortella - Ricardo Chicarelli/Estadão
Ricardo Chicarelli/Estadão
Nunca tivemos tanta agressividade dos alunos contra docentes’, afirma Cortella
As críticas são feitas pelo professor, educador e filósofo Mario Sergio Cortella, que lança nesta semana o livro Educação, Escola e Docência - Novos Tempos, Novas Atitudes. "As famílias estão confundindo escolarização com educação. É preciso lembrar que a escolarização é apenas uma parte da educação. Educar é tarefa da família. Muitas vezes, o casal não consegue, com o tempo que dispõe, formar seus filhos e passa a tarefa ao professor, responsável por 35, 40 alunos."
Cortella, que há 16 anos não escreve livros na área educacional, fará dois lançamentos deEducação, Escola e Docência, ambos seguidos de palestras. O primeiro será para docentes, no dia 22, na feira Educar/Educador 2014, no Centro de Exposições Imigrantes. O segundo, para o público em geral, ocorrerá em 10 de junho, no Teatro Tuca, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
A seguir, Cortella fala sobre a necessidade de uma parceria entre escolas e famílias, o impacto da tecnologia e como tornar as aulas mais atraentes.
O senhor fala em métodos de ensino do século 19, docentes do século 20 e alunos do século 21. É possível resolver o descompasso?
A escola tem de ficar em estado de prontidão para acompanhar uma parcela das mudanças, que acontecem de forma extremamente veloz. Isso porque nem tudo o que vem do passado tem de ser levado adiante. A escola precisa distinguir o que vem do passado e deve ser protegido, ou seja, o que é tradicional, daquilo que precisa ser deixado para trás porque é arcaico. Autoridade docente, atenção ao conteúdo e formação de personalidade ética são valores tradicionais. A escola tem de estar atenta às mudanças tecnológicas, mas não se submeter a elas. Vou dar um exemplo. Imagine se em 2004, quando foi criado o Orkut, uma escola criasse um projeto pedagógico baseado nessa rede social. Como um projeto pedagógico demora 10, 12 anos para ser aplicado na sequência de seriação, hoje ele já estaria obsoleto. Já pensou se quando o pen drive foi lançado outra escola tivesse decidido que todos os alunos deveriam organizar seus materiais nesse formato, que, chegou-se a dizer, substituiria a mochila? Hoje, nenhum jovem usa pen drive: eles guardam tudo em nuvens. Portanto, o que digo é que a escola tem de ficar atenta ao novo, mas não ser refém.
Cada vez mais a aprendizagem ocorre fora do espaço escolar. O que é preciso fazer para conquistar o aluno quando tudo fora da escola parece mais interessante?
Vou te dizer uma coisa que parece óbvia: Ninguém deixa de se interessar por aquilo que interessa. Nós temos de saber o que interessa ao aluno para, a partir daí, chegar ao que é necessário. É preciso conhecer o universo circunstancial dos alunos: as músicas que eles estão ouvindo, o que estão assistindo de programas e vendo de desenho animado, para chegar à seleção do conteúdo científico necessário. Temos de partir do universo vivencial que o aluno carrega para chegar até aquilo que de fato é necessário acumular como cultura produzida pela humanidade. Hoje, a escola não pode ser extremamente abstrata, como no meu tempo. O conteúdo tem de ser conectado com o dia a dia.
O que as escolas precisam fazer para encantar as crianças?
É preciso incorporar o que elas já fazem. A geração anterior, de quem já tem mais de 30 anos, só se comunicava pelo telefone. Esta geração de crianças e jovens voltou a escrever - no Facebook, no Twitter, no WhatsApp, em blogs. A escola tem de aproveitar essa produção. Alguns até dirão que eles escrevem errado. Claro, todo mundo escreve errado antes de escrever certo. Podemos partir de uma escrita que não está no padrão para chegar à norma culta.
Conversando com pais e professores, a impressão é de que estão insatisfeitos. As famílias se queixam das escolas e as escolas, dos pais. O que acontece?
Antes de mais nada, não estamos diante do crime perfeito, em que só há vítimas. Temos autor também. E essa autoria é multifacetada. A escola foi soterrada nos últimos 30 anos com uma série de ocupações que ela não dá conta - e não dará. Em uma sociedade em que os adultos passaram a se ausentar da convivência com as crianças, seja por conta do excesso de trabalho, da distância nas megalópoles ou da falta de paciência para conviver com aqueles que têm menos idade, a escola ficou soterrada de tarefas. As famílias confundem escolarização com educação. É preciso lembrar que a escolarização é apenas uma parte da educação. Educar é tarefa da família. Muitas vezes, o casal não consegue, com o tempo de que dispõe, formar seus filhos e passa a tarefa ao professor, responsável por uma classe de 35 ou 40 alunos, tendo de lidar com educação artística, religiosa, ecológica, sexual, para o trânsito, contra a droga, português, matemática, história, biologia, língua estrangeira moderna, etc, etc, etc. A escola passou a ser vista como um espaço de salvação.
E como resolver a questão?
A família precisa retomar o seu papel, porque ter filho dá trabalho. Ou será que as pessoas não sabiam? Existe tempo, aplicação, reordenamento, partilha das tarefas. A escola não tem como dar conta de tudo o que dela hoje se requisita. Quando há um linchamento, querem que a escola fale sobre linchamento. O mesmo ocorre com briga em estádios, corrupção, etc. E nem adianta o pai ou a mãe dizer: "A gente paga, a gente quer o serviço". É preciso uma parceria entre a escola e as famílias. Uma ideia é manter, como algumas instituições fazem, uma escola de pais, com reuniões periódicas para ajudar as famílias na reflexão.
De que maneira a convivência reduzida das famílias com os filhos afeta a escola?
Nunca tivemos tanta agressividade dos alunos contra os docentes. Parte das crianças fica sozinha, come se quiser, vai de perua para a escola e quase não encontra adultos. Se é de classe média, o único adulto que ela encontra é a empregada, para quem ela dá ordem. Não há uma estrutura da disciplina. O primeiro adulto que ela encontra no dia é o professor, que pergunta cadê o uniforme, você fez a tarefa, guarde o celular. Claro que nessa hora a criança vem para cima. É uma geração que confunde desejos com direitos. É preciso uma educação que seja mais firme, mas isso exige tempo, e tempo é questão de prioridade.
Serviço
Educação, Escola e Docência – Novos Tempos, Novas AtitudesEscritor: Mario Sergio Cortella
Editora: Cortez
Páginas: 125
Preço: R$ 32
Retirado de http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,cortella-a-escola-passou-a-ser-vista-como-um-espaco-de-salvacao,1168058,0.htm

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Biblioteca Central da UFRN promove encontro de quadrinistas brasileiros

A Biblioteca Central Zila Mamede (BCZM) promove um encontro de quadrinistas brasileiros, para um “bate-papo gratuito”, denominado “Histórias em Quadrinhos: a porta de entrada para o mundo da leitura”, no dia 16 de maio, às 14h, no Auditório B do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA).

O encontro de desenhistas e demais produtores de histórias em quadrinhos é uma realização da editora Jovens Escribas por meio do projeto Ação Leitura 2014, do Serviço Social do Comércio do Rio Grande do Norte (SESC-RN), conjuntamente com o apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) por meio da BCZM.

O evento tem a proposta de promover o debate entre os convidados e os expectadores sobre Histórias em Quadrinhos (HQs), obras e vidas. O evento conta com a presença dos quadrinistas Marcos Guerra (RN), Shiko (PB), Geraldo Borges (CE) e Gustavo Duarte (SP). As vagas são limitadas ao número de 100 e devem ser reservadas.

Para reservar as vagas, os interessados devem enviar um e-mail para: contato@jovensescribas.com.br. Mais informações pelo telefone da BCZM: 3215-3855.

Mostra de Profissões ajuda alunos a escolherem curso de graduação na UFRN

Com o objetivo de auxiliar os jovens na escolha dos cursos de graduação, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), por meio da Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD), realiza a 6ª Mostra de Profissões, de 14 a 16 de maio, no Campus Central.
 
O evento é destinado aos alunos do Ensino Médio, à comunidade acadêmica e às demais pessoas interessadas em conhecer a oferta de cursos da UFRN. A Mostra contará com palestras de cursos e de orientação profissional, além de visitas guiadas aos espaços de aprendizagem e convivência da Instituição.
 
Para participar, basta se dirigir aos locais das apresentações, que acontecerão no Auditório da Reitoria, no Setor de Aulas IV(Centro de Tecnologia) e no Anfiteatro A e B do Centro de Ciências Exatas e da Terra (vizinho ao Setor de Aulas III). Não é necessário agendar horário, porém o acesso aos locais das atividades obedecerá à lotação prevista.
 
A programação ocorrerá nos três turnos do dia, das 8h às 11h, das 14h às 17h e das 19h às 21h. Confira a relação das palestras no seguinte link:

http://www.mostradeprofissoes.prograd.ufrn.br/doc/programacao_palestras.png.