quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Projeto Literário Con-Versa Com Prosa


O Departamento de Letras e o Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), convidam toda a comunidade acadêmica e os amantes da Literatura para a primeira edição da temporada 2015 do projeto Literário Con-Versa Com Prosa.



O evento ocorrerá no dia 27 de fevereiro às 19 horas, no Miniauditório da Biblioteca Central Zila Mamede (UFRN) e contará com a presença de Amador Ribeiro Neto para um bate-papo sobre Poesia Brasileira. 
Amador é poeta, também é estudioso da obra de Caetano Veloso; publicou em 2003 o livro Barrocidade, pela editora Landy. Ribeiro Neto é Professor Associado III da Universidade Federal da Paraíba e atua como crítico literário de forma bastante ativa em sua coluna, Augusta Poesia, que é publicada semanalmente no jornal paraibano Contraponto.



O “Con-versa Com Prosa” existe há 06 anos e por ele já passaram diversos autores como: Frei Beto, Ana Miranda, Catia de França, Zé Miguel Wisnik Bartolomeu Campos de Queirós, dentre outros tantos. 



A última edição contou com a presença do Poeta Mineiro André Monteiro, no dia 5 de dezembro de 2014.
A proposta do projeto literário é discutir de maneira informal os temas trazidos pelos autores ou surgidos no desenrolar da conversa.


Poesia Brasileira Hoje: Inventividade e Mesmice. Esse é o mote que norteará a conversa de Amador Ribeiro Neto com a plateia.


A coordenação do evento é de Tania Lima, professora do Departamento de Letras da UFRN.



A entrada é livre e haverá certificado para os participantes. As vagas são limitadas à capacidade do auditório.
Confirmar presença pelo e-mail: poemastulipas@yahoo.com.br 
Informações pelo telefone: 3342-2220



"Há muitas maneiras sérias de não dizer nada, mas só a poesia é verdadeira."
Manoel de Barros

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quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Em época de resultado do ENEM...

Como não zerar na redação do Enem


Levei um susto com a notícia de que, no último Enem, 529 mil participantes levaram nota zero na redação. Isto é: 8,54% do total dos candidatos. Um dos critérios para o zero foi a fuga do tema. Em português claro: escrever acerca da tomada quando era para escrever sobre o focinho e vice-versa. Por que alguém não compreenderia o tema da redação? Porque lê pouco ou nada na vida real. A leitura - como aliás 90% de tudo que fazemos - exige prática. Para saber ler é preciso ler. Não apenas juntar uma letra com outra e desvendar a palavra. É imprescindível conectar os sentidos das frases para formar um entendimento do conteúdo. Se fazemos o exercício de ler muitas e muitas vezes por toda a vida, não haverá tema que nos confunda, ou nos derrube.
A notícia também diz que mais de 50% das redações nota zero, foram entregues em branco. Ou seja, o candidato nem tentou. Simplesmente desistiu. Espécie de passageiro que chega na porta do avião e dá meia volta. Adeus, viagem! Adeus, Enem! Algumas vezes coordenando oficinas de redação, me deparei com alunos que travavam a caneta e a vontade no momento de escrever. Constrangedor. Depois de refletir sobre isso, concluí que deixar o papel em branco é sinal de pânico. Medo máximo. Talvez em razão de um trauma vivido na escola, um bullying verbal. Mas também, novamente, por falta de prática!
 se escreve escrevendo. Redigir é uma habilidade que, como outra qualquer, exige treino e muito espaço para errar e acertar. Mesmo os redatores profissionais sabem que as melhorias no próprio texto custam persistência e horas de voo. A prova de redação do Enem não solicita genialidade,originalidadeperfeição. A exigência é apenas que o candidato demonstre sua capacidade de conectar ideias em parágrafos coerentes e coesos. Quem praticar e praticar conseguirá fazê-lo. 

Hoje, de forma exponencial, há acessos, oportunidades e utensílios para praticar o casal leitura-escrita. Nunca - desde tabuletas de argila, papiros, pergaminhos, códices, impressos - foi tão fácil ler e escrever. Redes sociais e comentários em portais, sites, blogs são uma excelente cozinha para expandirmos habilidades de compreensão de textos e expressão verbal. Basta começar! E, é certo, não ser afoito ao registar sua opinião, indignação, concordância. O escrito fica escrito. Poucos vão tirar nota dez, mas ninguém irá amargar um zero.

Retirado de: https://br.noticias.yahoo.com/blogs/mente-aberta/como-nao-zerar-na-redacao-do-enem-121346213.html